Eles são os queridinhos do povão. Famosos, milionários e donos de um carisma contagiante, tudo o que tocam vira ouro. Por isso são tão disputados pelo mercado publicitário. Pesquisa do Instituto Data Popular desvendou o perfil das celebridades que mais influenciam o consumo da nova classe média, formada por famílias oriundas da classe C, a que mais cresceu na última década. E descobriu que os artistas mais aceitos pelo brasileiros são a cantora Ivete Sangalo e os apresentadores Luciano Huck, Regina Casé, Rodrigo Faro e Ana Hickmann.
De acordo com a enquete popular, 16% da classe C compra influenciada por alguma personalidade vista na TV. “Embora estas celebridades tenham características distintas, cada um soube ganhar este público através de vias diferentes”, explica Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular. Segundo ele, as pessoas se identificam com a Regina Casé, pela bagagem popular construída ao longo dos anos; Luciano Huck é exemplo de um cara família e a Ivete embarca os populares através da alegria. De carona na preferência popular, Rodrigo Faro ganha pela beleza e Ana Hickmann ganha pontos pela beleza e pelo carisma.
No ano passado, esses consumidores gastaram R$ 864 bilhões. As mulheres são maioria. A estudante Suelen Costa da Conceição, 18 anos, é uma delas. Na hora de ir às compras, o dinheiro tem destino certo: DVDs, CDs, revistas, tinturas de cabelo, roupas e sandálias. Tudo da Ivete. “Eu a adoro e compro produtos dela desde criança”, diz.
Campeões em gastos com higiene
Famílias da nova classe média são as que mais gastam com produtos de higiene e cuidados pessoais. De cada R$ 100 destinados a produtos de higiene e beleza, R$ 18,50 são gastos com o cabelo e R$ 17,30, com o corpo.
No último ano, o consumo desses itens chegou a R$ 43,4 bilhões, 4 vezes mais do que em 2002. Do total, R$ 19,8 bi foram gastos só pela classe C. As classes A e B juntas gastaram R$ 15,9 bilhões. Há nove anos, a nova classe média gastava “apenas” R$ 2,4 bi com produtos de beleza.
Em geral, a participação da classe C no consumo nacional passou de 26,6% para 45,6% em 2010. O gasto subiu mais de 8 vezes nos últimos 8 anos. As classes A e B juntas consumiram apenas três vezes mais.
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